TÁ TUDO CERTO...


segunda-feira, 11 de junho de 2012

Lembranças...


O ano era 2003.
Ela o vira a primeira vez em uma reunião de trabalho e naquele  mesmo momento, seus olhos verdes, incendiários, deram a ela a certeza de que algo muito bom estava pra acontecer.
Foi então que ela, mesmo sem saber, se apaixonou loucamente por aquele que mais tarde viria a ser o grande amor de sua vida.
Ele, mesmo muito gentil e simpático, ignorou sua chegada, mas ela com ideias já arrumadas e uma desculpa esfarrapada, rapidamente o convidou, ou melhor, quase o intimou a saírem juntos...rs...
O seu plano haverá dado certo! Enfim, ela estaria sozinha com aquela criatura linda, que a cada dia permeava os seus sonhos e naquele momento mais ainda.
Ela contou suas histórias, abusou da sua simpatia, já que era das poucas armas que sabia...e então, após um belo sorriso, conseguiu o que queria.
A mão dele tocou o seu pescoço e explodiu com um beijo jocoso, uma sensação de quase gozo, com uma noite terminada com sol batendo na janela e preguiça na hora do almoço.
A partir dai ela entregou a vida em suas mãos e como tempestade de verão, puderam viver os rompantes mais loucos de tudo que tinham na cabeça e coração.
Ela sabia que aquilo tudo era muito especial, talvez por isso tão surreal.
Foram felizes ao extremo, viveram com a intensidade de uma explosão, sentimentos supremos. Mas por algum motivo da vida ou do destino, como um repente repentino, os dois se tornaram um e um outro, e por mais que tenha sido doloroso, de alguma forma ela sabia que aquele desenho era só um esboço.
Ela sofreu e chorou com os erros dele, mas sabia que havia errado também, apesar da desilusão, conheciam um ao outro como ninguém.
Tomaram consciência do fim, seguiram suas vidas adiante, mas com certeza inabalável dentro do peito, ela sabia que ainda não era o bastante.
Ela gostaria que ele soubesse, que aquele tivera sido um dos melhores anos de sua vida e que mesmo que alguma mágoa viesse, o tempo poderia curar qualquer ferida.
Ela o amou com todas as suas forças e desejou mesmo que aquele tempo não acabasse. Porém, o tempo passou.
Hoje ela sabe que a vida é efêmera e conta o tempo como se nunca bastasse.
Ela se casou, viveu, separou-se, mas nunca deixou escapar de seu coração aquele amor. Mesmo que modificado, diferente, ele sempre esteve presente.
Até que enfim, depois de muitos anos, eles se reencontraram e devido ao entrosamento dos dois, ela até pensou que o tempo tivesse parado.
Aquele antigo amor ainda bateu forte.
Quem sabe a vida não lhes presenteie com um norte
Quem sabe com um pouco de sorte
O destino não os tenha reservado
Algo além da vida e da morte. 

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